As cidades perdidas da Antiguidade

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ANGKOR (Cambodia): O maior complexo religioso
Angkor é um complexo de ruínas das antigas cidades do Império Khmer que dominou a região do Camboja entre os séculos IX e XV. As ruínas estão localizadas no meio das florestas ao norte do Grande Lago e faz parte do Patrimônio Mundial (UNESCO). O ponto de partida para as ruínas é a cidade de Siem Reap. Cerca de um milhão de turistas os visitam a cada ano.
Angkor forma um dos mais importantes locais arqueológicos da Ásia. Estendendo-se por mais de 400 km², incluindo áreas florestais, O Parque Arqueológico de Angkor contém as ruínas de diversas capitais do Império Khmer, dos séculos IX a XV. Nesta área encontram-se mais de mil templos, dentre eles o Angkor Wat, Angkor Thom e o Templo de Bayon, com inúmeras esculturas decorativas. A UNESCO montou um vasto programa de salvaguarda do local e arredores.

EPHESUS (Turkey): uma das mais importantes cidades do início do Cristianismo
Éfeso foi uma das grandes cidades dos jônicos na Ásia Menor, situada no local onde o rio Cayster desagua no Egeu. Foi fundada por colonos provenientes principalmente de Atenas. Ciro, o Grande, incorporou a cidade ao império persa e Alexandre libertou-a em 334 a.C.. Com o surgimento do cristianismo, Éfeso foi uma das primeiras cidades alcançadas pela pregação dos apóstolos. Situa-se na Turquia atual.
Em Éfeso existia um dos maiores teatros do mundo, com capacidade para 25 000 espectadores de uma população total estimada em cerca de 400 000-500 000 habitantes. Era a quinta mais populosa cidade do império. Também em Éfeso surgiram as condições para uma mudança fundamental no pensamento do Ocidente, durante os séculos VII e VI a.C. Éfeso e Mileto, também na Ásia Menor, são berços da filosofia. Em 133 a.C. Éfeso foi declarada capital da província romana da Ásia, mas pesquisas arqueológicas revelam que Éfeso já se constituía em centro urbano antes de 1000 a.C., quando era ocupada pelos jônios.
Nos tempos apostólicos, Éfeso foi uma das cidades do Império Romano onde o cristianismo mais se difundiu. Os apóstolos Paulo e João pregaram na cidade. A igreja que havia em Éfeso no fim do primeiro século de nossa era foi uma das sete igrejas mencionadas no Apocalipse, ao lado de Esmirna, Pérgamo, Sardes, Tiatira, Filadélfia e Laodicéia. A cidade também foi sede de dois concílios. Nela se localizam ruínas da Basílica de São João, o Teólogo.

MACHU PICCHU (Peru): A cidade perdida dos Incas

Machu Picchu (em quíchua Machu Pikchu, "velha montanha", também chamada "cidade perdida dos Incas") é uma cidade pré-colombiana bem conservada, localizada no topo de uma montanha, a 2400 metros de altitude, no vale do rio Urubamba, atual Peru. Foi construída no século XV, sob as ordens de Pachacuti. O local é, provavelmente, o símbolo mais típico do Império Inca, quer devido à sua original localização e características geológicas, quer devido à sua descoberta tardia em 1911. Apenas cerca de 30% da cidade é de construção original, o restante foi reconstruído. As áreas reconstruídas são facilmente reconhecidas, pelo encaixe entre as pedras. A construção original é formada por pedras maiores, e com encaixes com pouco espaço entre as rochas.
Consta de duas grandes áreas: a agrícola formada principalmente por terraços e recintos de armazenagem de alimentos; e a outra urbana, na qual se destaca a zona sagrada com templos, praças e mausoléus reais.
O lugar foi elevado à categoria de Património mundial da UNESCO, tendo sido alvo de preocupações devido à interacção com o turismo por ser um dos pontos históricos mais visitados do Peru.
Há diversas teorias sobre a função de Machu Picchu, e a mais aceita afirma que foi um assentamento construído com o objetivo de supervisionar a economia das regiões conquistadas e com o propósito secreto de refugiar o soberano Inca e seu séquito mais próximo, no caso de ataque.
O Peru é o berço da civilização Inca, cujas marcas estão espalhadas pelo país, representadas nas sagradas ruínas de Machu Picchu, nos templos grandiosos e na natureza exuberante de Ica.

MEMPHIS (Egypt): A antiga capital do Egito

Mênfis, a capital dos Reinos Antigo e Médio, era o mais importante centro urbano do Egito.
Cidade do antigo Egito, atual Cairo. Foi fundada por Menés com o nome de Muro Branco. A cidade foi a capital do reino do Egito durante todo o Antigo Império. Mênfis permaneceu como a maior cidade autenticamente egipcia do tempo das dominações estrangeiras. A fundação de Alexandria, depois da invasão dos Árabes e a fundação de Fustat (a velha Cairo) marcaram sua decadência. As suas maravilhas arquitectónicas e culturais são encabeçadas pelo Colosso de Ramsés II com 13 metros de comprimento e um peso de 120 toneladas.


PALENQUE (Mexico): A maravilhosa cidade Maia

Palenque é um sítio arqueológico maia situado próximo do rio Usumacinta, no estado mexicano de Chiapas, 130 km a sul de Ciudad del Carmen. Trata-se de um sítio de média dimensão, menor que Tikal ou Copán, que no entanto contem alguns dos melhores exemplos de arquitectura, escultura e baixos-relevos produzidos pelos maias.
As ruínas são formadas por um conjunto de cerca de 500 edifícios que ocupam uma extensão de mais de 15 km.
Acredita-se que a civilização maia de Palenque era originalmente liderada por mulheres. Estudos revelam que as ruínas do Templo de La Reina Roja são bastante mais antigas que as do palácio do Rei Pakal, descoberto em 1950. Junto às ossadas de La Reina Roja foram encontrados anéis, colares, brincos e braceletes, além de uma máscara e uma tiara, ambas feitas de jade.

Palenque foi descoberta em 1773 por capitães espanhóis que vinham em busca de madeiras finas como cedro, coaba e chico sapote. Ao começar a explorar a região notaram que as madeiras estavam em cima de edificações antigas.
As escavações foram feitas aos poucos. O Templo das Inscrições, por exemplo, onde foram encontrados 3 tabuleiros com 619 hieróglifos, foi descoberto em 1952. Já outros edifícios como o Templo de La Reina Roja e a Tumba dos Mortos, foram descobertos mais recentemente por arqueólogos mexicanos, em 1994 e 1993, respectivamente.
PALMYRA (Syria): A noiva do deserto
Palmira (hoje, chamada de Tadmor) era uma antiga cidade na Síria central, localizada num oásis a cerca de 210 km a nordeste de Damasco.
A localização estratégica da cidade, aproximadamente a meio da distância que vai do Mar Mediterrâneo até ao rio Eufrates, tornou-a num ponto de paragem obrigatório para muitas das caravanas que seguiam aí a sua rota comercial.
O nome "Palmira" refere-se, tal como o prenome feminino, às palmeiras - árvore que supostamente existiria aí em grande quantidade.

Palmira tornou-se parte da província romana da Síria durante o reinado de Tibério (14 d.C - 37 d.C.). A cidade continuou a desenvolver-se e a ganhar importância até que se tornou uma cidade livre, sob o império de Adriano, em 129.
No século III, a sua rainha, Septímia Zenóbia criou alguns embaraços ao império romano ao autoproclamar-se rainha do reino de Palmira mas, em 272, o imperador romano Aureliano capturou-a e levou-a para Roma. Depois de a expor, numa parada triunfal, acorrentada a cadeias de ouro, deixou-a retirar-se para uma villa em Tibur (hoje, Tivoli, Itália) onde continuou a ter um papel activo, politicamente, durante anos.
PETRA: Cravada nas rochas
Petra (do grego "petrus", pedra; árabe: البتراء, al-Bitrā) é um importante enclave arqueológico na Jordânia, situado na bacia entre as montanhas que formam o flanco leste de Wadi Araba, o grande vale que vai do Mar Morto ao Golfo de Aqaba. Em 7 de Julho de 2007 foi considerada, numa cerimónia realizada em Lisboa, Portugal, uma das Novas sete maravilhas do mundo.

Antecedentes
A região onde se encontra Petra foi ocupada por volta do ano 1200 a.C. pela tribo dos Edomitas, recebendo o nome de Edom. A região sofreu numerosas incursões por parte das tribos israelitas, mas permaneceu sob domínio edomita até à anexação pelo império persa. Importante rota comercial entre a Península Arábica e Damasco (Síria) durante o século VI a.C., Edom foi colonizada pelos Nabateus (uma das tribos árabes), o que forçou os Edomitas a mudarem-se para o sul da Palestina.
Fundação
O ano 312 a.C. é apontado como data do estabelecimento dos Nabateus no enclave de Petra e da nomeação desta como sua capital. Durante o período de influência helenística dos Selêucidas e dos Ptolomaicos, Petra e a região envolvente floresceram material e culturalmente, graças ao aumento das trocas comerciais pela fundação de novas cidades: Rabbath 'Ammon (a moderna Amã) e Gerasa (actualmete Jerash).
Devido aos conflitos entre Selêucidas e Ptolomaicos, os Nabateus ganharam o controlo das rotas de comércio entre a Arábia e a Síria. Sob domínio nabateu, Petra converteu-se no eixo do comércio de especiarias, servindo de ponto de encontro entre as caravanas provenientes de Aqaba e as de cidades de Damasco e Palmira.
O estilo arquitectónico dos Nabateus, de influência greco-romana e oriental, revela a sua natureza activa e cosmopolita. Este povo acreditava que Petra se encontrava sob a protecção do deus dhû Sharâ (Dusares, em grego).
Época Romana
Entre os anos 64 e 63 a.C., os territórios nabateus foram conquistados pelo general Pompeu e anexados ao Império Romano, na sua campanha para reconquistar as cidades tomadas pelos Hebreus. Contudo, após a vitória, Roma concedeu relativa autonomia a Petra e aos Nabateus, sendo as suas únicas obrigações o pagamento de impostos e a defesa das fronteiras das tribos do deserto.
No entanto, em 106 d.C., Trajano retirou-lhes este estatuto, convertendo Petra e Nabateia em províncias sob o controlo directo de Roma (Arábia Petrae). Adriano, seu sucessor, rebaptizou-a de Hadriana Petrae, em honra de si próprio.
Época Bizantina
Em 313 d.C., o Cristianismo converteu-se na religião oficial do Império Romano, o que teve as suas repercussões na região de Petra. Em 395, Constantino fundou o Império Bizantino, com capital em Constatinopla (actual Istambul).
Petra continuou a prosperar sob o seu domínio até 363, ano em que um terremoto destruiu quase metade da cidade. Contudo a cidade não morreu: após este acontecimento muitos dos edifícios "antigos" foram derrubados e reutilizados para a construção de novos, em particular igrejas e edifícios públicos.
Em 551, um segundo terramoto (mais grave que o anterior) destruiu a cidade quase por completo. Petra não conseguiu se recuperar desta catástrofe, pois a mudança nas rotas comerciais diminuíram o interesse neste enclave.
Redescoberta de Petra
As ruínas de Petra foram objecto de curiosidade a partir da Idade Média, atraíndo visitantes como o sultão Baybars do Egipto, no princípio do século XIII. O primeiro europeu a descobrir as ruínas de Petra foi Johann Ludwig Burckhardt (1812), tendo o primeiro estudo arqueológico científico sido empreendido por Ernst Brünnow e Alfred von Domaszewski, publicado na sua obra Die Provincia Arabia (1904)
Petra nos dias de hoje
A 6 de Dezembro de 1985, Petra foi reconhecida como Património da Humanidade pela UNESCO.
Em 2004, o governo jordano estabeleceu um contrato com uma empresa inglesa para construir uma auto-estrada que levasse a Petra tanto estudiosos como turistas.
A 7 de Julho de 2007, foi eleita em Lisboa, no Estádio da Luz uma das Novas sete maravilhas do mundo.
POMPEII (Italy): Fulminada pelo vulcão
Pompéia, ou Pompeia, (em italiano Pompei) é uma comuna italiana da região da Campania, província de Nápoles, com cerca de 25 751 habitantes. Estende-se por uma área de 12 km2, tendo uma densidade populacional de 2146 hab/km2. Faz fronteira com Boscoreale, Castellammare di Stabia, Sant'Antonio Abate, Santa Maria la Carità, Scafati (SA), Torre Annunziata.
Pompéia foi outrora uma antiga cidade do Império Romano situada a sensivelmente 22 km da moderna Nápoles, na Itália, no território do atual município de Pompéia. A antiga cidade foi destruída durante uma grande erupção do vulcão Vesúvio em 24 de Agosto do ano 79 d.C..
A erupção do vulcão provocou uma intensa chuva de cinzas que sepultou completamente a cidade, que se manteve oculta por 1600 anos antes de ser reencontrada por acaso. Cinzas e lama moldaram os corpos das vítimas, permitindo que fossem encontradas do modo exato em que foram atingidas pela erupção do Vesúvio. Desde então, as escavações proporcionaram um sítio arqueológico extraordinário, que possibilita uma visão detalhada na vida de uma cidade dos tempos da Roma Antiga.
SANCHI (India): O mais bem preservado complexo budista
Sanchi (Madhya Pradesh). Talvez o mais fino e mais completo monumento Budista na India seja a Grande Torre de Sanchi com os seus quatro magnificientes portões (toranas). A imensa torre de tijolos em si data do século 3 AC, mas seus potões, balaustres e parapeitos entalhados foram executados provavelmente dois séculos mais tarde, durante a dinastia Satavahana. Sanchi foi escavada nos primórdios do século 19, e a restauração do local por arqueólogos britânicos e franceses foi iniciada em 1912.
Hoje, os visitantes, bem como os tradicionais devotos do Budismo, podem circundar a torre no sentido horário e contemplar suas portentosas formas esculturais que preenchem os pilares dos portões e seus magníficos arcos. Narrativas em Jataka, elefantes e leões reais, deidades Indo-Budistas e estranhos espíritos de natureza feminina preenchem cada parte dos quatro portões (toranas). Um pequeno museu arquelógico abriga esculturas escavadas; sendo que outras importantes peças de Sanchi se encontram nos museus em Delhi, Londres e Los Angeles.
Informações by: Cristal Perfeito

VIJAYANAGAR (India)
Vijayanagar, a capital do maior império Hindu que já existiu, foi fundada pelos príncipes Harihara e Bukka da dinastia Sangama em 1336.